Dando continuidade ao artigo anterior, vamos detalhar um pouco sobre a fase fria.
Após a fervura, precisamos introduzir a levedura na cerveja, porém nosso mosto está muito quente. Acabou de ser fervido e precisa ser resfriado o mais rápido possível para evitar contaminação. Existem alguns equipamentos próprios para isso que falaremos em outra oportunidade.
Você deve esfriar o mosto em função da levedura a ser utilizada. Observe as indicações do fabricante para saber a temperatura ideal para a levedura. Se for uma ALE deixe o mosto por volta de 18 Cº. Uma kvieik por volta de 27 Cº, mas sendo uma lager não deve passar de 13 Cº.
Prepare seu fermentador e não se esqueça de colocar um airlock. Este dispositivo permitirá que o CO2 produzido na fermentação seja eliminado sem deixar que o oxigênio entre no fermentador.
Atingindo a temperatura ideal, insira a levedura e tente aerar o mosto o máximo possível. Esta será a última vez que a levedura sentirá o gosto do oxigênio. Existem alguns processos para isso que falaremos mais tarde.
Terminado o processo de aeração, feche bem o fermentador para evitar a entrada de qualquer impureza e principalmente o oxigênio. Não se esqueça que a fermentação produz uma quantidade enorme de CO2 que deve ser eliminado e deixe seu que airlock sempre com água.
Você deve acompanhar a fermentação pois a medida em que a cerveja for ficando pronta, a densidade do líquido irá diminuindo. Quando estabilizar por mais de 3 dias, o processo chegou ao fim.
Durante o processo a temperatura sobe. Pra isso você deve utilizar uma geladeira para acondicionar o fermentador. Se você mora numa cidade como o Rio de Janeiro, então nem se fala. Fermentar ao ar livre pode trazer sabores indesejáveis a sua cerveja. Tente manter a temperatura dentro da faixa ótima de utilização determinada pelo fabricante.
No final do processo é comum se aumentar a temperatura para que a levedura reabsorva alguns compostos que ela mesmo produz. Isso é chamado de descanso do diacetil.
Terminada a fermentação é aconselhável submeter a cerveja a uma baixa temperatura (próximo de zero) a fim de facilitar a decantação dos sólidos e resto de lúpulo que ainda esteja dentro da cerveja. Este processo é chamado de clarificação.
Passada esta fase, está na hora do envase, porém a cerveja está sem gás. Precisamos gaseificá-la. Isso pode ser feito em dois processos: natural ou artificial. Mas isso será alvo de outro artigo.
Ein Prosit!