Blonde da independência.
Achei de dar este nome para esta cerveja pela proximidade das comemorações do bicentenário da independência do Brasil. Mal sabia eu que o termo independência seria muito bem apropriado neste caso.
Inicialmente nada de novo. Como eu ia fazer cerveja no sábado, iniciei o starter na quinta. Dois litros e meio de starter para 2 pacotes de levedura Abbey da Lalleman. Outra coisa foi colocar o ispindel para carregar.
Sábado pela manhã dei a tradicional arrumada no material e uma água nas panelas.
Ao acionar o smartmash veio então a primeira surpresa. O sensor de temperatura não estava funcionando! Com isso, o aparelho marcava -3.5 graus. Isso já aconteceu uma vez e era mal contato do sensor.
Para tudo! Desmonta a linha de gás e abre o aparelho pra ver se consegue arrumar o negócio. Uma hora de tentativas e... nada feito. Não vai ter como usar o aparelho. Eu até poderia ter deixado o aparelho ligado mas como terei que enviar para conserto fiz uma adaptação para poder emendar a linha. (inserir foto). Neste caso só me restou controlar as rampas manualmente.
Estava inaugurando o novo chuveiro da panela e pude comprovar que deu muito certo embora ainda mereça uns retoques a mais. Ao pegar o Ispindel para prepará-lo para o trabalho, descobri que ele não tinha recarregado depois de dois dias ligado no carregador. Resultado. Tive que trocar a pilha e utilizar a anterior. O problema é que com isso descalibrou por completo o aparelho e eu não teria tempo para regulá-lo.
A mostura correu muito bem e o volume útil acabou sendo muito bom. Um mosto bem limpo, com 1.054 de densidade final e 48 litros no fermentador. Esfriei o mosto até 19 graus e terminei tudo as 6 da tarde. Sobrou um pouco de gelo e eu preparei a serpentina do fermentador, ajustando o termostato pra 19 ºC. No dia seguinte, até as 10 da manhã não havia nenhuma atividade. O airlock calado e a temperatura estagnada em 18.8. Acho que a levedura estava com frio.
Resultado: Desmonta o kit de refrigeração e aciona o de aquecimento.
Subi a temperatura para 21 graus no fermentador e... Maravilha!!! Ela finalmente acordou.
Cinco dias se passaram e eu gradualmente subi a temperatura até os 23.5 ºC. A cerveja partiu de 1.054 pra 1.012 dando 5.5% de álcool, bem dentro da expectativa. Agora é baixar a temperatura e passar para o balde.
Deu ao todo 2 baldes com aproximadamente 17 litros e um com 10. Com isso terei mais ou menos 44 litros de blonde.
Ontem diz um testdrive. Carbonatei uns 700ml e provei. Achei ótima. Ainda está meio turva porque tinha só 24 horas de cold crash mas acho que vai melhorar. Botei 0.5g/l de prodooze sc1. Esse negócio é fora de série.
Sexta vou tirar o balde de 10 litros e carbonatar. Preciso ter outra cerveja na área porque a pilsen está indo rápida demais.
Então fica aqui a independência. Independência da tecnologia. O equipamento falhou mas o cervejeiro não. Isso porque o show não pode parar.
A única coisa que não saiu tão de acordo foi o nome blonde, que em inglês significa loira. Por conta do malte munich (6 Kg) e um pouco de malte chocolate (80 g) a tal blode ficou tudo, menos loira. De toda maneira, a cerveja ficou boa. Quem provou gostou, inclusive eu, é claro.
Segue a receita da Blonde da independência.
Saúde.