Sergio Anachoreta

Sergio Anachoreta

Quinta, 03 Março 2022 09:41

Como tudo começou

Estou iniciando uma série de artigos sobre cerveja caseira. Espero que vocês gostem.

Faço cerveja desde 2015 e comecei com um pequeno kit BIAB de 10 litros. Hoje faço 50 litros com 3 panelas, fermentador cônico e carbonatação forçada.

Você vai perguntar: E a cerveja é melhor? É claro que sim!

É indiscutível que a melhoria do processo influencia diretamente na qualidade do produto.

Dá um trabalho danado, mas vale muito, muito a pena.

Desde cervejas artesanais de hortelã e coentro, até sabor de caramelo e marshmallow. São diferentes tipos para todos os gostos.

Não há nada mais brasileiro que um bom churrasco de domingo acompanhado de uma cervejinha para reunir a família, convidar os amigos e descansar depois de uma semana de trabalho intensa.

Com a pandemia da Covid-19, esse tipo de encontro passou a ser mais frequente e o consumo da bebida também aumentou.

O que comprova isso são os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil). Só em 2020 a fabricação nacional cresceu 2,9% e totalizou mais de 14,1 bilhões de litros produzidos.

Além disso, segundo o Ministério da Agricultura, no país existem 1383 cervejarias registradas, em uma média de crescimento de 19,6% nos últimos 20 anos. Tudo isso impulsionado, principalmente, pela popularização das cervejas artesanais.

Quem ainda não provou ou não sabe a diferença entre os produtos, o proprietário da Casa 107 e sommelier em Cerveja, Kamylo Tresena, afirma que esse tipo de bebida foge um pouco do que é fabricado pelas grandes indústrias. Isso porque o processo não é tão mecanizado e o cuidado com as escolhas tanto dos ingredientes quanto da matéria-prima é muito maior.

"Hoje, trabalhamos com uma média de 16 a 18 mil litros por mês e temos 12 estilos de cerveja. Temos cervejas com notas de café e chocolate, cítricas com sensação de maracujá e manga, e também as mais tradicionais. A Pilsen é a que mais vende por ser um tipo mais leve”

Ainda de acordo com o proprietário da Casa 107, que é parceira do Clube A Gazeta, uma das principais diferenças na produção artesanal é o uso de água, malte, lúpulo e levedura. Grandes empresas, comumente, utilizam, em maior quantidade, o malte de cevada, milho e arroz.

Entre as recomendações de cervejas artesanais, afirma que as com presença de caramelo e marshmallow são algumas de suas favoritas por serem mais doces. Já para quem tem um paladar mais forte, ela indica as de maracujá, que são mais azedas, amargas e alcoólicas.

Escolher uma que combine com o seu gosto vai depender muito das preferências de cada um.

Temos cervejas mais refrescantes com coentro e hortelã e outras mais quentes. Podemos tomá-las, quase sempre puras, porque elas são feitas para apreciação do cliente.

 

O mercado cervejeiro nacional está crescendo, são novas marcas surgindo toda semana, cervejarias consolidadas lançando tendências e as importadoras trazendo os clássicos. Você já pensou como seria prático comprar em um local que tenha tudo isso para oferecer, com envio rápido para sua casa e frete único. Assim é a Central da Cerveja, um marketplace focado nas novidades e nos clássicos, que atende aos desejos do consumidor que está iniciando sua jornada no mundo cervejeiro, até o beer geek que fica atento aos lançamentos!

“Um modelo legal e inovador, pois ele permite para cervejaria aumentar a lucratividade, com zero inadimplência. Para o consumidor final, a vantagem é encontrar diversos estilos, rótulos e cervejarias em um só site, pagando um único frete, sem precisar ficar pulando em vários sites para buscar novidades”, comentou Adriano Wozniaki, sócio-proprietário da Central da Cerveja.

O setor de cerveja artesanal não para no Brasil e justamente por isso, o site da Central da Cerveja também não, gerando uma atualização diária, ou seja, sempre com novos rótulos e cervejarias.
Com o slogan “todas as cervejas em um só lugar”, a Central da Cerveja pretende aproximar os produtores e importadores dos consumidores. Na prática isso acontece com a concentração de todas as mercadorias em um único hub localizado na cidade de São Paulo, com armazenamento refrigerado, reduzindo o tempo de entrega e garantindo assim uma melhor experiência sensorial do consumidor. E o melhor de tudo, todas essas novidades com frete único!

Entre agora na Central da Cerveja e faça seu pedido www.centraldacerveja.com.br 

Comprando na Central da Cerveja, você fortalece o mercado cervejeiro e suas cervejarias preferidas.

Duas representantes das Irmãs Trapistas de Boa Vista estão estudando na Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) e os planos da congregação são incluir a bebida no rol de produtos comercializados para manutenção e apoio a outras comunidades

Já nos primeiros contatos com a bebida artesanal, os apreciadores descobrem a tradição secular das cervejas trapistas. Supervisionados pela Ordem Trapista e produzidos em 11 mosteiros, os rótulos são reconhecidos pela qualidade e pela história. Um movimento inédito inspirado neste contexto pode levar as Irmãs Trapistas de Boa Vista a se tornarem as primeiras mulheres trapistas a criarem e produzirem cerveja. Um único movimento similar aconteceu na Abadia de Maredret, na Bélgica, onde há produção de rótulos criados pelo cervejeiro John Martin.

A comunidade, que fica em Rio Negrinho (SC), já produz chocolates e geleias para comercialização, com o intuito de manter as atividades e apoiar outros espaços no mundo. Para a construção do mosteiro, elas receberam apoio, inclusive, de mosteiros belgas que produzem cerveja.

Foi a partir do contato com estes abades que surgiu a ideia de desenvolver a produção de cerveja para o mosteiro catarinense. Ao conhecer a iniciativa, a Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) está subsidiando cursos e equipamentos para que as irmãs obtenham mais conhecimento técnico e possam dar início ao projeto. Elas já concluíram uma formação à distância e agora estão presencialmente na instituição, em Blumenau (SC), ampliando os estudos.

Zulema Jacquelin Jofre Palma é uma das monjas que está estudando na ESCM. Chilena, ela vive no Brasil há 12 anos e foi pega de surpresa com a missão.

“Nós conhecemos e estudamos os mosteiros que produzem cerveja, mas não pensamos que seria possível nos envolvermos nesse projeto. Como gosto muito de estudar, estamos buscando conhecimento para evoluir e apoiar a nossa comunidade e outras comunidades no mundo”, diz.

Também monja e aluna da ESCM, Raquel Watzko comenta que a cerveja é uma forma de transmitir ao público que a vida monástica também é composta de alegrias. “Quero que, quando provem a nossa cerveja, as pessoas se conectem também com uma visão mais leve e feliz do que significa a nossa vocação religiosa, porque nós somos muito felizes vivendo desta forma”, diz.

A comunidade das Irmãs Trapistas de Boa Vista ainda não faz parte da International Trappist Association (ITA), que designa oficialmente as cervejas trapistas no mundo.

Sobre as Irmãs Trapistas de Boa Vista

A história do mosteiro das Irmãs Trapistas de Boa Vista é fruto dos movimentos da comunidade chilena de Nossa Senhora de Quilvo, que tinha o desejo de ampliar sua atuação, e da comunidade Novo Mundo no Brasil, casa masculina trapista que desejava ter uma casa da mesma Ordem para mulheres. Depois de dois anos de preparação, em 2010 as monjas chegaram à cidade de Rio Negrinho (SC) para iniciar a construção da casa. Depois de três anos em uma residência provisória, em 2013 elas passaram a viver no mosteiro, que foi totalmente concluído em 2017.

Por viverem do seu próprio trabalho e desejarem apoiar outras comunidades, elas passaram a produzir geleias e chocolates comercializados através do e-commerce www.trapistasboavista.com.br. Antes da pandemia, o mosteiro funcionava também como hospedaria.

Sobre a ESCM

Com mais de 12 mil alunos formados em sete anos de atuação, a Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) é a primeira e única instituição de ensino superior especializada na cerveja, da América Latina. Além do Brasil, atua também em Portugal, no Paraguai, na Argentina e Uruguai. É parceira da alemã Doemens Academy, uma das mais respeitadas entidades do mundo.

Todas as informações sobre a instituição estão em www.cervejaemalte.com.br

Levemente ácida, com adição de frutas e sensorialmente diferente do que até pouco tempo atrás se entendia como uma cerveja. A Catharina Sour, primeiro estilo brasileiro consolidado pelo Beer Judge Certification Program (BJCP), é a homenageada da segunda ação coletiva do Movimento Toda Cerveja. No dia 19 de janeiro, 64 marcas de cerveja artesanal independente apresentam, no mesmo dia, uma nova Catharina Sour para o seu público.

As cervejarias estão localizadas em 10 estados diferentes: Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. As marcas estão localizadas em 46 cidades. Juntas, elas produzem mais de 1,6 milhões de litros ao mês. Todas serão apresentadas no @todacerveja.

Os lançamentos acontecem nos bares das próprias cervejarias e também em pontos de venda parceiros. A identidade visual da ação é a mesma, para facilitar que os consumidores de diferentes estados identifiquem o estilo e se sintam convidados a provar. Este, aliás, é o grande objetivo da ação. “Nosso mercado evoluiu muito tecnicamente e sensorialmente. Nós queremos que o consumidor perceba o quanto a cerveja artesanal independente é diversa e o quanto o setor, mesmo fragmentado em marcas diferentes, é representativo e lidera as inovações que acontecem nas prateleiras e bares”, comenta Janderson Martini, um dos organizadores.

A escolha pela Catharina Sour, segundo Daniel Jeffman, foi debatida entre as cervejarias participantes dessa ação. “Decidimos homenagear esse feito inédito para o mercado em uma época do ano que tem potencial para ser o grande consumo sazonal de Catharina Sour, já que ela é leve, refrescante e tem o apelo do uso das frutas”, afirma.

Vinícius Cordeiro completa que o movimento chegou aos criadores do estilo, que não só participam com as suas marcas mas vão compartilhar conhecimento com os demais participantes.

Sobre o Movimento Toda Cerveja

Criado em agosto de 2021 por cervejarias independentes brasileiras, o Movimento Toda Cerveja tem como objetivo realizar ações colaborativas entre marcas de todo o país para a disseminação da cultura cervejeira. A iniciativa foi de Daniel Jeffmann (da Fat Bull Beer), Janderson Martini (da Old Captain) e Vinícius Cordeiro (das marcas Veterana e Ruradélica).

A primeira ação realizada pelo Movimento Toda Cerveja foi o Bitter Day, em setembro de 2021.

Fonte: Homem Cerveja

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